Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está mais magra, se ela está mais bela. Afinal,não somos donos da saudade, ela é que é dona de nós
(Fragmentos de Martha Medeiros)
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