terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O banco...

Coloquei o meu banco na porta de entrada daquela casa e fiquei a espera de  que ela chegasse.
Eu já a tinha visto com o seu sorriso largo várias vezes passando por ali.
Desta vez, vou criar coragem e convidá-la a se sentar!
Eis que ela, tinhosa como todas as mulheres o são, primeiro sondou o ambiente. Pesquisou na vizinhança quem era eu, procurou e achou meu álbum de retratos, descobriu até amores passados.
E finalmente se aproximou, com passos de uma gazela e olhar de tigresa.
Mas trazia o que mais me atraia nela brilhando naquele quase fim de tarde e começo de noite.
O sorriso de marfim.
E simplesmente me estendeu a mão e não disse nada.
Não precisava.




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